
(O post original foi publicado aqui )
O relato do nosso 6º encontro foi escrito pela tradutora Amanda Campêlo. Agradecemos o excelente relato, Amanda!
O 6º Barcamp promovido pelo grupo Tradução & Interpretação – Ações no RJ foi realizado no dia 6 de maio de 2017 na Biblioteca Municipal de Botafogo, espaço agradabilíssimo no bairro de mesmo nome.
Por ser meu primeiro Barcamp, cheguei ao local combinado repleta de ansiedade, que logo deu espaço a uma gratidão imensa por ter sido tão bem acolhida por um grupo unido em busca de novos conhecimentos e trocas de ideias concernentes à tradução e interpretação.
Os encontros têm como costume a abertura através do elevator pitch, onde cada um dos presentes tem a oportunidade de se apresentar de maneira sucinta, focando nos principais pontos sobre sua experiência e conhecimento ou, em outras palavras, fazendo com que cada um de nós pensasse em uma forma rápida e direta de apresentar nosso valor e diferencial.
O encontro seguiu com a apresentação do colega Hugo Kerth, que abriu nossas mentes para um segmento ainda não amplamente divulgado que é a tradução em artes. Confesso que apesar de ser uma profissional com ampla experiência em tradução, jamais havia considerado os desafios inerentes a esse segmento. E são muitos! Hugo foi bastante feliz em demonstrar através de exemplos práticos o quão multidisciplinar o profissional que embarca na tradução teatral precisa ser: conhecimentos que vão desde o óbvio, os idiomas, até conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia dos órgãos da fala. E esse é um dos motivos pelo qual, segundo Hugo, as traduções em artes no Brasil sejam feitas em sua maioria por profissionais da área, não por profissionais da tradução. Hugo encerrou sua apresentação com um impressionante trecho do filme Moana dublado em 24 idiomas, onde pudemos perceber com clareza as adaptações necessárias para que as versões de cada idioma estivessem de acordo com a cena do filme, movimento da boca da personagem, entre outros detalhes bastante sensíveis.
Após o intervalo e coffee break, tivemos a oportunidade de pôr em prática uma mesa redonda onde discutimos novas ideias e estratégias comprovadas em relação ao marketing para tradutores; compartilhamos o que, segundo nossa própria experiência, funciona e não funciona em busca de nos expor como profissionais qualificados.
O encontro se encerrou com a foto oficial do evento, novas amizades e a certeza de que estamos no caminho certo para construir uma comunidade fluminense de tradução unida e bem informada sobre as melhores práticas de um mercado que tem potencial cada vez maior de expansão e qualificação.