
No último dia 27 de julho, participei da segunda edição do Barcamp de tradutores e intérpretes do Vale do Paraíba, que, para mim, foi a primeira. Era um sábado sonolento, em um feriado municipal esquecido, como, normalmente, são os feriados de fim de semana, e que não prometia muita agitação. Porém, a agitação aconteceu e foi organizada por duas supermulheres, Mônica Pires e Carol Bruni. Essas duas conseguiram juntar pessoas com as mais variadas histórias de vida e experiências profissionais, com o objetivo de partilhar caminhos, possibilidades, aspirações e mesmo emoções.
O espaço para a realização do encontro foi gentilmente cedido pelos proprietários da Origem Cultural, que, além de oferecer um café especial e várias outras delícias, é um local em que se cultiva o conhecimento e a sensibilidade, abrigando eventos culturais, promovendo exibições, especialmente da arte produzida no Vale do Paraíba, e evocando a arqueologia e as raízes do Brasil. Se você ainda não conhece, vale a pena.
Bem, voltando ao nosso barcamp, ele foi muito rico e acolhedor. Acolhedor, porque todos se sentiram bem recebidos e abrigados, tanto pelas organizadoras quanto pelos membros mais antigos do grupo. Rico, porque éramos um grupo bem heterogêneo. Havia aqueles que já trabalham com tradução e interpretação há algum tempo; os que começaram há pouco; os que pretendem começar; e até quem não tem intenção de exercer essa atividade, mas busca compreendê-la, como é o caso de Sergio Silva, meu companheiro de vida e de projeto profissional. Todos trouxeram valiosas contribuições e relatos à nossa conversa inicial, que acabou se estendendo mais do que o previsto. Mas isso sempre acontece quando estamos em boa companhia, falando sobre aquilo que amamos, não é verdade?
Caberia mencionar os nomes de todos os participantes, mas não vou fazê-lo porque eles já foram citados no brilhante relato de Renata Machado, também publicado aqui. No entanto, quero agradecer a cada um por compartilhar comigo momentos tão gratificantes. Parabenizo e agradeço, ainda, às organizadoras, Carol e Mônica, pelo lindo trabalho. Estou certa de que saímos dali energizados, sentindo-nos conectados como profissionais e como pessoas, o que é o mais importante neste ofício tão solitário e, ao mesmo tempo, tão dedicado ao outro, que é a tradução/interpretação. Que venham outros barcamps!
Cláudia Casaroti – Tradutora, revisora, preparadora de textos e designer instrucional