Há algum tempo discutimos a possibilidade de trazer os resultados das discussões do grupo para esta página. A ideia é beneficiar aqueles que não puderam comparecer aos encontros, talvez até por não saberem ainda de sua existência.
Assim, decidimos replicar aqui uma atividade que fizemos algumas vezes: a Pergunta ao profissional. Ainda que baseadas numa atividade simples — responder perguntas que ilustrassem aspectos únicos da experiência e prática de cada um — foram trocas de informação muito ricas e que achamos que valeria a pena compartilhar.
Funciona assim: qualquer pessoa pode responder à pergunta apresentada, usando a seção de comentários logo abaixo. Cada resposta que aparecer será incorporada à publicação.
A pergunta de hoje então é: do que você mais gosta na sua prática profissional da tradução ou interpretação?
Andrea Andri Doris: “Estar em constante acesso com informações e novos conhecimentos. Como atuo em várias áreas, o trabalho acaba sendo fonte de estudo também.”
Thiago Hilger: “Do constante aprendizado. Cada novo trabalho é uma nova pesquisa, um novo estudo, e por fim, um novo aprendizado. Por mais que eu geralmente atue nas mesmas áreas, há sempre algo novo.
E claro, da criação de um texto traduzido. Porque traduzir não é apenas reescrever palavras com uma correspondência direta, há um texto sendo produzido, que merece dedicação e exige um pouco de criação. E assim o texto final tem naturalidade, fluência e (talvez) até beleza.”
Neli Raquel Miranda: “É honra traduzir ou interpretar o que é seleto, a ser publicado. Palavras tem corpo e alma e “texto” da raiz etimológica “tecido” ou “tecitura” merecem jóias se houver feedback e sucesso do autor.
Ao contrário dos bons, os maus textos podem começar como tecido xadrez e terminar listrado, ou traçam mapas que não chegam ao destino prometido, indignos de atenção. Não são eles aqui.
E a quem Estilo não encanta? Tanto quanto nos encanta trocar de roupas estilosas e a dinâmica das línguas vivas no palco!
Codificar e decodificar fala ou escrita seria nudez e vexame quando não for área de interesse e expertise, mesmo que jamais saberemos tudo, é risco querer aprender o básico nessa hora, então: adrenalina e humildade diante do inexorável.
Há línguas morrendo ou se matando? Não sou popular na minha cultura, o que me faz fugir para quaisquer novas ou até mortas entre aspas. Soothe?”
Márcia Nabrzecki: “De estar sempre aprendendo coisas novas, ficar a par das mais recentes tendências nas áreas em que atuo e ver como as empresas interpretam e incorporam essas tendências.”
Luciana Helena Bonancio: “Além do que alguns colegas já citaram, uma das coisas que eu adoro é ser dona dos meus horários, poder trabalhar sábado e domingo e ir ao cinema na segunda ou terça, quando a entrada é mais barata e os shoppings estão vazios. Outra coisa é poder levar meu trabalho comigo para onde eu quiser ir.”
Silvana Ayub: “Não atuo profissionalmente, como os amigos aqui do grupo, há cerca de cinco anos…mas nunca deixei de traduzir. O que sempre gostei e me faz apaixonada pelo ofício é o aprendizado constante, os desafios de cada texto, a busca pela palavra mais adequada, a possibilidade de compartilhar informação, a teoria e a história da tradução. É uma delícia no matter what! :)”
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Estar em constante acesso com informações e novos conhecimentos. Como atuo em várias áreas, o trabalho acaba sendo fonte de estudo também.
Do constante aprendizado. Cada novo trabalho é uma nova pesquisa, um novo estudo, e por fim, um novo aprendizado. Por mais que eu geralmente atue nas mesmas áreas, há sempre algo novo.
E claro, da criação de um texto traduzido. Porque traduzir não é apenas reescrever palavras com uma correspondência direta, há um texto sendo produzido, que merece dedicação e exige um pouco de criação. E assim o texto final tem naturalidade, fluência e (talvez) até beleza.
É honra traduzir ou interpretar o que é seleto, a ser publicado. Palavras tem corpo e alma e “texto” da raiz etimológica “tecido” ou “tecitura” merecem jóias se houver feedback e sucesso do autor.
Ao contrário dos bons, os maus textos podem começar como tecido xadrez e terminar listrado, ou traçam mapas que não chegam ao destino prometido, indignos de atenção. Não são eles aqui.
E a quem Estilo não encanta? Tanto quanto nos encanta trocar de roupas estilosas e a dinâmica das línguas vivas no palco!
Codificar e decodificar fala ou escrita seria nudez e vexame quando não for área de interesse e expertise, mesmo que jamais saberemos tudo, é risco querer aprender o básico nessa hora, então: adrenalina e humildade diante do inexorável.
Há línguas morrendo ou se matando? Não sou popular na minha cultura, o que me faz fugir para quaisquer novas ou até mortas entre aspas. Soothe?
De estar sempre aprendendo coisas novas, ficar a par das mais recentes tendências nas áreas em que atuo e ver como as empresas interpretam e incorporam essas tendências.
Além do que alguns colegas já citaram, uma das coisas que eu adoro é ser dona dos meus horários, poder trabalhar sábado e domingo e ir ao cinema na segunda ou terça, quando a entrada é mais barata e os shoppings estão vazios. Outra coisa é poder levar meu trabalho comigo para onde eu quiser ir.
Não atuo profissionalmente, como os amigos aqui do grupo, há cerca de cinco anos…mas nunca deixei de traduzir. O que sempre gostei e me faz apaixonada pelo ofício é o aprendizado constante, os desafios de cada texto, a busca pela palavra mais adequada, a possibilidade de compartilhar informação, a teoria e a história da tradução. É uma delícia no matter what! 🙂