
Ano novo… esperanças novas. Estamos ainda zonzos pelo turbilhão de 2016. Começar um novo ano só com esperanças e sem muitas expectativas já está ótimo, não é mesmo?
Foi com esse espírito esperançoso que fizemos nosso primeiro Barcamp de 2017.
A primeira boa notícia foi a grande quantidade de participantes NOVOS no grupo. Realmente nosso pequeno coletivo está crescendo, o que surpreendeu e agradou os velhos participantes. Velhos, não! Antigos participantes. Renitentes participantes. Obstinados participantes. Qualquer coisa, menos velhos! A verdade é que encontrar nosso grupo tão cheio de caras novas foi como observar folhinhas verdes nascendo nas árvores. Alimentou nossa primeira esperança: a de sermos muitos e, com isso, muito mais fortes nessa profissão que escolhemos.
De cara Sheila Gomes testou toda a nossa resistência para o ano que começa e jogou na roda um assunto de peso: números. Faturas. Dinheiros! Falou sobre a prestação de contas das atividades do ano anterior e nos surpreendeu com a seguinte notícia: temos dinheiro em caixa! Gentis doações, fruto de oficinas no ano que passou. A proposta da Sheila, em seguida, foi a de perguntar aos presentes o que achávamos da ideia de colocar esses recursos à disposição também de outros Barcamps que estão se formando pelo país…
Segundos de silêncio…
Lentamente, uma ou outra voz começou a emitir opinião sobre assunto tão delicado: nem bem descobrimos que temos um saquinho de moedas para financiar alguns devaneios e já temos que decidir se permitimos que colegas de outras cidades e estados sejam também felizes com nosso tesouro? Não houve grande problema quanto à ideia de compartilhar, as maiores dúvidas ficaram no como fazer isso. A Márcia Nabrzecki sabiamente sugeriu que pensássemos em regras e é o que faremos na sequência por meio de um questionário que pedirá nossa opinião sobre esse tema importante.
Foi nesse momento que aquelas esperanças meio tímidas com as quais fomos chegando ao nosso encontro ganharam ainda mais força e ânimo. Pelo menos da minha parte! Somos um grupo relativamente novo e já alcançamos tanto! Ver que podemos chegar ainda mais longe, literalmente, por causa do nosso esforço e engajamento só pode me levar a acreditar que ainda há muito de bom a esperar desse mundo!
Já que o assunto era doação, a Márcia fez um relato sobre a ação de mentoria do nosso Coletivo. Ela já está em andamento e será ampliada com a acolhida de mais mentorados. Luzia Araujo e Juliana Vermelho Martins se colocaram à disposição para pegar na mão desses novos profissionais a fim de guia-los no início de suas carreiras. Esperando, é claro, aprender muito com eles nesse processo!
Mentoria lembra guia e essa foi a deixa para a Sheila comentar sobre o lançamento do livro “Passo a passo para viver (bem) de tradução” (amostra aqui) cujos direitos ela adquiriu e que acaba de traduzir. E a Márcia engatou no assunto livros e informou que o ciclo de debates do ano de 2016, como havia sido previsto, está sendo preparado em forma de livro digital que ficará disponível no site gratuitamente.
O ciclo de debates, aliás, continua neste ano, agora com novas atividades. Além das palestras, como no ano anterior, serão propostas oficinas sobre os assuntos debatidos no primeiro ciclo. Essa é uma forma de praticar aquilo que foi visto apenas de maneira teórica e, às vezes, superficial.
Mas isso não é tudo! Junto com as oficinas dos temas teóricos, aliadas a oficinas mensais de OmegaT conduzidas pela Sheila (maiores informações e cadastro aqui), pretende-se fazer também durante o ano sessões de miniconsultoria semelhantes às que foram oferecidas na conferência do ProZ de Curitiba.
Quem chegou ao encontro esperando encontrar espaço para (in)formação ficou mais do que satisfeito!
Uma vez que a conversa descambou para formações e oficinas, discutimos rapidamente a possibilidade de formarmos caravanas para congressos como IAPTI em Buenos Aires e ABRATES, que este ano será em São Paulo.
Em seguida, Thiago Hilger falou sobre a possibilidade de uma oficina de Qualidade de vida com Martha Gouveia da Cruz. Essa atividade será organizada pela Luciana Bonancio e durante o encontro discutimos sobre a duração ideal, sobre o possível interesse e participação das pessoas, enfim, sobre a viabilidade de se programar tal evento. As opiniões ficaram um pouco divididas e combinamos de conversar mais no próximo encontro.
Mas, falar sobre palestra, formação e oficina num grupo de tradutores e intérpretes, aparentemente tem o efeito de acender o fogo meio adormecido pelas férias dentro de cada um. Rapidamente a conversa animou o grupo e, quando vimos, estávamos nos decidindo a organizar um Barcamp Nacional! Uma espécie de minicongresso de um ou dois dias que ficou sob a responsabilidade de Vera Lucia Barbosa e Laura Fresneda. Esperamos, agora, fortes emoções e grandes novidades para os próximos meses!
E foi nesse clima de empolgação com tudo o que nos espera para ser construído no ano que começa, depois de termos feito nosso lanchinho e confraternizado no novo espaço (Aldeia Coworking, conquista da Maria Thereza Moss), quando todos eram só sorrisos e esperança pelo futuro 2017 que a Sheila deu o golpe 🙂 chamou a participação de novos voluntários para as muitas atividades que ainda estavam órfãs. Por isso temos o Antonio Zaccharias Junior que fará a administração da página no Facebook, a Márcia que enviará as fotos do encontro, o Thiago que revisará o site (mas todos que quiserem e puderem ajudar nessa tarefa serão bem-vindos) e esta que vos escreve contando o que aconteceu. Ficou com vontade de ajudar também? É só se cadastrar no site do grupo, participar do nosso grupo do Facebook e colocar seus dotes à disposição. Trabalho é o que não falta!
Como disse no início, todos chegamos com algumas esperanças. Saímos ainda mais carregados desse sentimento que não nos abandona, nem mesmo depois de viver um 2016 inteirinho!
Esperamos, agora, que outros se juntem a nós nos próximos encontros!